A cremação tem se tornado uma escolha cada vez mais comum entre as famílias brasileiras. Além de ser uma alternativa mais sustentável ao sepultamento tradicional, também possibilita que a despedida seja mais simbólica e personalizada.
No entanto, após o procedimento, surge uma dúvida frequente: o que fazer com as cinzas dos entes queridos?
Existem diversas possibilidades que vão muito além de apenas guardar a urna. Desde o sepultamento das cinzas em jazigos ou columbários, até opções mais criativas e emocionais como transformar as cinzas em joias, quadros ou árvores, cada escolha pode representar uma forma única de homenagear a memória da pessoa falecida.
Neste artigo, você vai conhecer as principais alternativas e entender como tomar essa decisão com base em aspectos legais, emocionais e simbólicos.
O que diz a lei sobre o destino das cinzas no Brasil?
No Brasil, não existe uma legislação federal específica que regulamente de forma detalhada o destino das cinzas após a cremação. No entanto, algumas normas gerais devem ser observadas:
- É obrigatória a autorização da família para a cremação, além da apresentação da certidão de óbito;
- O transporte e o destino das cinzas não exigem licenças especiais, desde que respeitados os aspectos ambientais e de saúde pública;
- Cada município pode ter normas próprias sobre o uso de espaços públicos para o espalhamento de cinzas.
Portanto, antes de escolher o que fazer com as cinzas, é importante verificar a legislação local e consultar os serviços funerários ou empresas especializadas neste processo, como a
Prevenir Assistencial.
Como escolher o destino mais significativo para as cinzas?
A decisão sobre o que fazer com as cinzas deve levar em consideração três aspectos principais:
- Desejo da pessoa falecida:
se ela manifestou em vida o que gostaria que fosse feito após sua morte, essa vontade deve ser respeitada.
- Emoção da família:
para muitas pessoas, guardar as cinzas em um local acessível, como um memorial em casa, traz conforto emocional.
- Simbologia e significado:
o destino escolhido pode representar os gostos, paixões ou história de vida da pessoa.
Consultar a família,
conversar com especialistas e refletir sobre o que melhor representa a memória da pessoa são etapas fundamentais desse processo.
Espalhar as cinzas: locais permitidos e simbólicos
Espalhar as cinzas em locais que foram significativos para a pessoa falecida é uma prática comum e cheia de significado. Praias, mares, trilhas, jardins e até mesmo propriedades particulares (com a devida autorização) são alguns dos locais escolhidos para essa homenagem.
Antes de realizar o espalhamento, é essencial verificar as normas locais, especialmente em áreas de preservação ambiental ou espaços urbanos. Algumas famílias optam por realizar uma pequena cerimônia simbólica nesse momento, tornando o gesto ainda mais memorável.
Guardar as cinzas em urnas: opções tradicionais e personalizadas
Manter as cinzas em urnas é uma das opções mais tradicionais. Atualmente, é possível escolher entre diferentes modelos e materiais, como madeira, metal, cerâmica ou vidro, e também personalizar com nome, datas, mensagens e imagens.
As urnas podem ser:
- Mantidas em casa, em locais de destaque ou privativos;
- Depositadas em columbários (estruturas em cemitérios destinadas ao armazenamento de cinzas);
- Transportadas para locais significativos, caso a família decida espalhar as cinzas futuramente.
Essa escolha pode ser ideal para famílias que desejam manter a presença simbólica do ente querido por perto.
Transformar cinzas em homenagens duradouras (joias, quadros, árvores e mais)
Para quem deseja uma lembrança mais criativa e eterna, transformar as cinzas em homenagens personalizadas é uma opção inovadora:
- Joias com cinzas: anéis, pingentes ou pulseiras que contêm parte das cinzas ou fragmentos delas;
- Quadros comemorativos: obras de arte feitas com pigmentos misturados às cinzas;
- Árvores da memória: urnas biodegradáveis que contêm sementes e nutrientes para o plantio de uma árvore;
- Vidros e esculturas: peças artísticas moldadas com uma pequena quantidade de cinzas.
Essas alternativas oferecem uma forma afetiva de eternizar a memória de quem partiu, além de conectar o luto à arte e à natureza.
Sepultamento das cinzas em jazigos ou columbários
Outra opção bastante comum e respeitosa é o sepultamento das cinzas em jazigos familiares ou columbários. Além de seguir tradições religiosas ou familiares, essa prática oferece um local permanente para visitas e homenagens.
Alguns cemitérios oferecem estruturas exclusivas para armazenamento de urnas, com opção de placas com nomes, datas e mensagens.
Essa alternativa é especialmente significativa para famílias que valorizam os rituais físicos de visita e memória.
Cerimônias de despedida com cinzas: rituais para eternizar a memória
A realização de cerimônias simbólicas é uma forma sensível de transformar a despedida
em um momento de conexão e significado. Algumas possibilidades incluem:
- Cerimônias íntimas com familiares e amigos;
- Rituais religiosos ou espirituais;
- Homenagens em locais simbólicos com leitura de mensagens, músicas ou lançamento de flores;
- Eventos comemorativos em datas importantes.
Esses rituais podem acontecer logo após a cremação ou em momentos futuros, permitindo que a família escolha o tempo certo para se despedir.
Dicas para respeitar os desejos da pessoa falecida
Respeitar os desejos da pessoa falecida é um ato de amor e consideração. Verifique se ela deixou orientações escritas (como
testamentos ou declarações em cartório). Também existe a opção de conversar com familiares próximos sobre o que foi dito em vida.
Priorize vontades manifestadas de forma clara, mesmo que não estejam formalizadas, assim como procure documentar os desejos da família para evitar futuros conflitos.
Tomar decisões alinhadas com a vontade do ente querido traz paz e serenidade a todos os envolvidos.
