Falecimento de colaborador: como a empresa deve proceder?

17 de setembro de 2025

O falecimento de um colaborador é um momento delicado que impacta não apenas a família, mas também toda a equipe e a rotina da empresa. Nesses casos, a comoção se mistura com a necessidade de cumprir uma série de obrigações legais, trabalhistas e previdenciárias, que devem ser observadas com atenção para evitar problemas futuros. 


Ao mesmo tempo, a empresa precisa acolher os colegas que permanecem, cuidando do aspecto humano em meio à dor da perda. Esse equilíbrio entre a burocracia e a humanização é essencial para que o processo seja conduzido com respeito e responsabilidade.


Neste artigo, vamos apresentar os primeiros passos que a empresa deve tomar diante da situação, as obrigações trabalhistas e previdenciárias que precisam ser cumpridas, e como oferecer suporte emocional aos colegas.


O impacto do falecimento de um colaborador na empresa


Quando um colaborador falece, o impacto é sentido em diferentes dimensões. No aspecto humano, os colegas de trabalho se veem diante da ausência de alguém com quem compartilharam a rotina diária, gerando um vazio emocional que pode afetar o clima organizacional.


A notícia do falecimento pode provocar choque, tristeza e desmotivação, influenciando diretamente na produtividade e no engajamento da equipe.


No aspecto administrativo, a empresa precisa lidar com a interrupção de atividades que estavam sob responsabilidade do colaborador. Projetos podem ser prejudicados, prazos afetados e ajustes internos se tornam necessários para redistribuir funções. 


Essa realidade mostra que, além de ser um momento de luto, o falecimento de um colaborador também exige da empresa uma postura organizada e sensível para reorganizar processos e manter a estabilidade da equipe.


Primeiros passos que a empresa deve tomar diante da situação


Assim que a empresa é comunicada sobre o falecimento, a primeira medida é providenciar a rescisão do contrato de trabalho, registrando o término como “demissão por falecimento”. Esse procedimento é indispensável para que os dependentes legais possam receber os direitos trabalhistas a que têm acesso.


O setor de Recursos Humanos deve, então, orientar a família sobre os trâmites burocráticos, esclarecendo quais documentos serão necessários para a liberação das verbas rescisórias. Nesse momento, é essencial que a comunicação seja clara e acolhedora, evitando aumentar a dor da perda com dificuldades adicionais.


Outro ponto fundamental é verificar se o falecimento decorreu de acidente de trabalho, já que, nesses casos, a empresa precisa emitir imediatamente o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) à Previdência Social. A omissão desse procedimento pode gerar penalidades legais e comprometer ainda mais a situação da organização.


Obrigações legais e trabalhistas a serem cumpridas


Do ponto de vista legal, o falecimento extingue automaticamente o contrato de trabalho. A empresa deve observar que, para fins trabalhistas, essa situação é equiparada a uma demissão, com a diferença de que não há direito ao aviso prévio nem à multa de 40% sobre o FGTS.


Entre os direitos que precisam ser quitados estão o saldo de salário, o 13º salário proporcional, as férias proporcionais acrescidas de 1/3, além de férias vencidas, caso existam. 


Também devem ser pagos benefícios como salário-família proporcional, comissões, horas extras ou adicionais noturnos. Importante destacar que o prazo para o pagamento das verbas rescisórias é de até 10 dias após a data do falecimento.


Outro ponto importante é a homologação da rescisão, obrigatória para colaboradores que tenham mais de um ano de contrato. A falta de cumprimento das normas trabalhistas pode acarretar multas e até processos judiciais, colocando em risco a reputação da empresa.


Como lidar com benefícios e questões previdenciárias


Além das verbas trabalhistas, os dependentes do colaborador têm direito a benefícios previdenciários, como a pensão por morte. Para acessar esse benefício, é necessário apresentar a Certidão de Dependentes Habilitados à Pensão por Morte expedida pelo INSS. Esse documento comprova a condição de dependência econômica e garante o direito aos valores devidos.


Os dependentes também podem sacar o FGTS e as cotas do PIS/PASEP acumulados pelo colaborador. Para isso, devem apresentar documentação específica, como atestado de óbito, declaração de dependência emitida pela Previdência, carteira de trabalho e documentos pessoais. 


Em casos de ausência de dependentes ou sucessores, os valores são revertidos para fundos públicos, conforme determina a legislação.


Vale destacar que, diferentemente do seguro-desemprego, a pensão por morte é transferível aos dependentes. No entanto, cada caso possui requisitos específicos, como idade dos filhos, comprovação de união estável ou dependência econômica, o que exige orientação jurídica e previdenciária adequada.


Acolhimento da equipe: a importância do suporte emocional


O falecimento de um colega de trabalho também afeta profundamente a equipe que convivia diariamente com ele. 


A empresa deve estar preparada para oferecer suporte emocional aos colaboradores, criando um ambiente que favoreça o acolhimento. Esse cuidado é essencial para preservar o clima organizacional e evitar queda significativa de produtividade.


Entre as medidas possíveis, estão a oferta de acompanhamento psicológico, rodas de conversa e flexibilização da rotina de trabalho, como a concessão de folgas para os colaboradores mais próximos do falecido. 


O reconhecimento da dor e a demonstração de empatia são fundamentais para fortalecer os vínculos internos e mostrar que a organização valoriza o bem-estar de seus funcionários.


Momentos de homenagem e memória podem ser criados, reforçando a importância daquele colaborador para a história da empresa. Essas iniciativas ajudam a dar sentido ao processo de luto e contribuem para a reconstrução da motivação da equipe.


Boas práticas de comunicação com a família do colaborador


A forma como a empresa se comunica com a família do colaborador falecido faz toda a diferença. É importante estabelecer um ponto de contato único, responsável por intermediar as informações e orientações, evitando que os familiares tenham que repetir várias vezes as mesmas questões em meio ao sofrimento.


Esse responsável deve conduzir a comunicação de forma empática e clara, informando sobre os direitos e os prazos para pagamento das verbas rescisórias e previdenciárias. A empresa também deve se colocar à disposição para esclarecer dúvidas, ajudando a família a lidar com os trâmites burocráticos de maneira menos desgastante.


Outro gesto relevante é a prestação de condolências em nome de toda a organização. Essa atitude demonstra respeito, solidariedade e preocupação genuína com os familiares, reforçando a imagem da empresa como uma instituição que valoriza as pessoas.


O papel da cultura organizacional no enfrentamento do luto


Empresas que investem em uma cultura organizacional humanizada estão mais preparadas para enfrentar situações de luto. A valorização do bem-estar dos colaboradores, associada a práticas de respeito e solidariedade, cria um ambiente que favorece o acolhimento em momentos difíceis.


Nesse contexto, programas de prevenção de acidentes e políticas de saúde e segurança no trabalho também são fundamentais. Além de proteger a vida dos colaboradores, essas ações fortalecem a confiança na empresa e demonstram responsabilidade social.


Da mesma forma, a adoção de medidas que promovam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional contribui para que os colaboradores se sintam apoiados. Quando a organização reconhece a importância do aspecto humano, ela consegue atravessar períodos de perda com maior resiliência e solidariedade.


Como a Prevenir Assistencial pode apoiar sua empresa nesse momento


Contar com o suporte da Prevenir Assistencial pode fazer toda a diferença para empresas que desejam estar preparadas para lidar com o falecimento de um colaborador de forma respeitosa e organizada. 


A Prevenir oferece planos empresariais completos, que incluem acesso à saúde, assistência funeral e diversos benefícios voltados para colaboradores e seus familiares.


Entre os diferenciais estão o Clube Saúde, que garante acesso a atendimentos médicos de qualidade; o Clube de Medicamentos, que auxilia na compra de remédios com descontos; e o Clube de Descontos, que amplia as possibilidades de economia em diferentes serviços e produtos. Essas iniciativas reforçam o cuidado contínuo com os colaboradores, mesmo em momentos de luto.


Ao contratar um plano empresarial da Prevenir Assistencial, sua empresa garante não apenas suporte em situações de falecimento, mas também uma rede de apoio para a saúde e o bem-estar diário dos colaboradores. Essa é uma forma de demonstrar compromisso com a equipe e transmitir tranquilidade aos familiares.


Conclusão


O falecimento de um colaborador é um momento que exige sensibilidade, responsabilidade e organização. 


A empresa deve estar atenta às obrigações legais e trabalhistas, orientar os familiares sobre os benefícios previdenciários e oferecer suporte emocional aos colegas. Mais do que cumprir normas, trata-se de agir com humanidade e respeito, preservando o bem-estar coletivo em meio à dor da perda.


Com o apoio da Prevenir Assistencial, sua empresa pode estar preparada para enfrentar situações tão delicadas com segurança e acolhimento. Investir em planejamento funerário e em benefícios voltados à saúde é uma forma de cuidar de quem faz parte da sua organização.


Conheça a Prevenir para empresas: Planos completos para seus colaboradores com acesso à saúde e assistência funeral, proporcionando tranquilidade e conforto nos momentos mais difíceis. Entre em contato conosco.


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